segunda-feira, 1 de abril de 2013 | By: Vivian Mont'Alverne

Fulano e a conveniência

É irônico constatar que as pessoas só percebem o que lhes é de interesse, o que lhes é conveniente... 
Taxar é fácil... Difícil é ser taxado, taxar-se, avaliar-se...
Às vezes, tudo o que se quer é um motivo... Um motivo para criticar, um motivo para zombar, um motivo para reclamar, um motivo para brigar, um motivo para julgar... Um motivo, quase sempre, é tudo, levando em consideração as faculdades intelectuais atualmente predominantes, tendo o egoísmo proporções globais...
Vê-se "fulano" taxar, debochar, gritar, mas não se vê "fulano" aceitando taxações, deboches ou gritos... Pelo contrário, só se vê, como represália, mais insinuações taxativas, debochadas e gritadas. 
Fazer-se ouvir com gritos é fácil, quero ver ser entendido, compreendido, ou melhor, respeitado... Nunca se vê um "garganta de ferro" ganhar uma guerra, os vencedores, em verdade, são aqueles que têm humildade suficiente para ingressar na luta, que a veem não como um "desaforo" mas como uma busca de sustentação do seu decoro...
Algumas situações exigem algumas atitudes, assim como certas ações exigem certas reações... Mas nem sempre é um jogo de "vai-e-volta", nem sempre é esse "de lá pra cá, de cá pra lá"... Nem sempre é com "fulano", nem sempre é por "fulano". Só que "fulano" não consegue entender...
Nem sempre o que se pensa é racional, nem sempre o que se julga é justo, nem sempre o que se fala tem voz, nem sempre o que se entende é entendido, nem sempre o que se quer é quisto, nem sempre o que se vê é visto... 

Contudo, uma coisa é certa: para o que "fulano" pensa, para o que "fulano" julga, para o que "fulano" fala, para o que "fulano" entende, para o que "fulano" quer, para o que "fulano" vê... Para "fulano", sim, há razão, há justiça, há voz, há entendimento, há vontade, há visão... Pois, ao ver de "fulano", isso é conveniência, mesmo que inconveniente para os outros... Afinal, quem são os outros para quem é "fulano"?

terça-feira, 8 de maio de 2012 | By: Vivian Mont'Alverne

Um sentimento

Faz-me suar, tremer, suspirar, cansar, sumir,  fugir e, ao mesmo tempo, ficar... Corpo travado, rosto molhado... Efeitos da autoproteção.

Embaixo de nenhuma luz, tudo e nada acontece, um tanto paradoxal, talvez. Tudo se torna real e imaginário, conhecido e desconhecido... Nada ou tudo tem sentido. Quase tudo desperta e, às vezes, é a luz ou a companhia que abrevia. Ficar ali, parado, olhando para o nada, enquanto o nada me olha... Escuta-se tudo, nada se vê; até o suposto irreal, para alguns, torna-se palpável. Talvez, não tenha resposta. Quiçá, pare. Possivelmente, continue... Mas, na parte clara da cegueira, em meu abrigo, continua a tentativa de autoproteção.


Porque nem tudo que te faz tremer, suar ou suspirar... É amor.
domingo, 4 de dezembro de 2011 | By: Vivian Mont'Alverne

Inquieto

Está na alma da mente insã, está na mente sã da alma. É algo interno e externalizado. É comprimido mas espaçoso. Será carnal? Será real? Amar parece tolo, aos olhos de quem não sabe o que é sentir. 
Amar exige palavras poucas e significados múltiplos. Amar é, essencialmente, essência. Amar, para os amantes, é isso; para os retardatários, aquilo. Amar é o aqui e o agora presente, futuramente. O amor quer voar pela boca, quer sair por aí... Mas é paciente. O amor espera, mas não aquieta. 

terça-feira, 22 de novembro de 2011 | By: Vivian Mont'Alverne

Amar é para os fortes

Só sabe quem sente. E, a priori, gostaria de salientar a ideia de que se apaixonar não é amar... Há um longo caminho a ser percorrido entre tais sentimentos.

Amar é para os fortes. Amar requer atenção, corações abertos e fechados, simultaneamente. Amar requer mãos abertas, passos curtos, reflexão e calma. Amar requer necessidade, vontade e controle; requer palavras, baixos tons e compreesão. Amar requer cuidar de si e de outrem, como sendo um só. Amar requer força, requer paciência, requer cautela e doação.



Amar é ser forte o suficiente para entregar o coração aos cuidados de alguém, que não à si mesmo ou um cardiologista, e, mesmo assim, sentir-se vivo como nunca.