quarta-feira, 29 de dezembro de 2010 | By: Vivian Mont'Alverne

Dona Morte

Caminhava pela calçada com pés desprevenidos, olhando-os competirem pela linha de chegada... Onde ficava? Não tinha idéia, mas existia. Era como um diálogo... Ou, quiçá, um monólogo. Será coisa dos meus miolos ou será verdade?
Não sei onde está a morte, mas sei que ela está. Não, não que eu queira procurar... É só questão de curiosidade. Sempre fui tão bisbilhoteiro... Mania de brasileiro? Creio que não. Mania que supera trópicos e meridianos... Não! Não estou hiperbolizando... É que preciso desabafar, antes do tempo fazer as malas e atravessar aquela porta.
Tenho vivido em uma luta constante com o lado escuro da luz... Esse negócio todo me parece um tanto negro e gelado, faz-me arrepiar e suar. É uma mistura de sensações.
Não quero ser taxado de medroso, mas necessito de ajuda! Paro para tomar a minha dose de whisky, e a dúvida se terminarei de bebê-la cresce como se recebesse uma tonelada de fermento. Acendo o meu cigarro e... Será que terei tempo para limpar cinzas? Ouço a minha música preferida e... Será que vou conseguir cantar o refrão? Que perseguição! Não sei quem trouxe esse eu tão caótico para dentro de mim... Mas, quando descobrir, vou atacá-lo com meus punhos... Será que eles ainda terão força?
Nada de mesa de bar! Vou para a minha casinha... Solitária mas aconchegante. E... Se Ela tocar a campainha? Não! Já chega desses pensamentos!
Sento-me na poltrona, ligo a televisão. A campainha toca... Será o vizinho charlatão? Vou atender.
A moça estava vestida de branco, era linda e cheirosa como uma rosa... Animei-me.
- Boa noite! Você é o Seu João?
- Se é Meu ou Seu eu não sei, mas meu nome é João, sim.
- Engraçadinho!
- Desculpe, piadas da idade!
- Tenho uma entrega para você...
- De quem?
- Aqui tem escrito "Dona Morte".
Meu coração palpitou... Taquicardia.
- Não se preocupe, Meu João... Levar-te-ei para passear.
sábado, 25 de dezembro de 2010 | By: Vivian Mont'Alverne

Flores de plástico


Quando o vi chegar com aquele lindo buquê, 
meu olhos sorriram e lábios se apertaram...
O perfume era uma mistura de amor, respeito e admiração...
Durante anos, assim aconteceu... Sendo a soma de sorrisos, flores e perfumes.
Eu, sempre dedicada, esperava-o, ansiosamente, 
para jantar e receber a alegria do dia-a-dia... Era a nossa marca.
Um dia, a chuva caiu. Ele demorara tanto que peguei no sono...
Ao chegar, lá estava... Com elas nas mãos...
Algo errado! Não sentia mais o aroma, eram flores de plástico...
O verdadeiro, considerável e amoroso deu lugar ao falso, seco e supérfluo.
domingo, 19 de dezembro de 2010 | By: Vivian Mont'Alverne

Metalinguando o amor


Porque o amor verdadeiro não exige muitos contextos, 
muitas palavras, muitas vírgulas ou muitas exclamações...
São necessários apenas dois pronomes: Eu e Você
sujeito composto, voz reflexiva - agente e paciente - 
tendo os adjuntos adverbiais apenas como partículas de realce.
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010 | By: Vivian Mont'Alverne

Precisar


E precisamos de mais leveza,
permitindo-nos voar não somente junto ao vento como junto a brisa.
E precisamos de mais corrida,
permitindo-nos ganhar mais ar e perder mais fôlego.

Liberte-se


                                           Liberte-se do mal
                                           Liberte-se do frio
                                           Liberte-se do escuro
                                           Liberte-se do inseguro
                                           Liberte-se de tudo que for atraso
                                           Liberte-se do que for descaso...
                                           ...E prenda-se no que há de melhor em você.
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010 | By: Vivian Mont'Alverne

Flutuar

Um sentimento desconhecido, uma entrega... 
Sugava de mim tudo o que houvesse de melhor,
fazendo-me perder o equilíbrio, a razão e o controle. 
Já não me guiava, já não tinha alternativas...


                                           ...É que, quando apareceu,
                                           o chão correu embaixo dos meus pés e só ficou você.
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010 | By: Vivian Mont'Alverne

Auto-engano

Ele, olhando nos olhos dela, prometera amor eterno... Sem perceber que para a sua imagem refletida naqueles olhos cor de mel... Mentira.


                                                                    Era o início do fim.
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010 | By: Vivian Mont'Alverne

Brincadeira do Tag


Olá, queridos!
Esse joguinho me foi passado pela querida Paola Patricio do blog Plantão Online.

Vamos começar com as regras:

1) Você coloca a foto de tagged no post

2) Falar 10 ou mais coisas sobre você (qualquer coisa), 5 ou mais manias suas, 5 ou mais coisas que te irritam, 5 ou mais coisas que você adora, 5 hobbies seus, 5 coisas que ninguém sabe sobre você, seu maior sonho, seu maior medo, as coisas mais importantes na vida pra você. Sem omitir nada!

3) Você "taggeia" mais 5 pessoas para participarem da brincadeira!

20 coisas sobre mim:
1) Sou muito sentimental
2) Sou muito insegura
3) Quero saber tocar violão como o Zeca Baleiro (Hahahaha)
4) Sou uma pessoa MUITO amiga
5) Sou descuidada com vários objetos meus
6) Não me magoe! Para mim, é fatal, de fato.
7) Já ganhei o prêmio de "miss" do meu bairro (kkkkkkkkkkkk)
8) Sempre sonhei ser artista, de alguma forma... Sempre quis ser cantora, atriz, bailarina, escritora (amo as artes, amo o palco, amo a língua portuguesa)
9) Sempre idealizo os momentos
10)  Amo me sentir querida e ser tratada com carinho
11) Adoro músicas antigas
12) Assisto mil vezes filmes que gosto
13) Não odeio ninguém
14) Não guardo rancor
15) Meu melhor amigo é homem
16) Amo cachorros
17) Odeio cálculos
18) Sou fascinada pela gramática
19) Eu sou louca pelos Beatles
20) Amo filmes de romance

8 manias:
1) Estalar os dedos
2) Dormir tarde
3) Mexer nos cabelos
4) Não dar o primeiro pedaço/gole para ninguém
5) Usar muita hipérbole
6) Ler prestando atenção nas pontuações (saio "virgulando" tudo hahahaha)
7) Presto atenção no português das pessoas e, se forem amigos, "corrijo-os" haha ("pra mim fazer" me dá agonia!!!!! hahahahahahaha)
8) Ser muito exigente comigo mesma

7 coisas que me irritam:
1) Tirar as minhas coisas do lugar
2) Tentar me fazer de idiota/Mentira
3) Grosseria/Falta de paciência
4) Falsidade
5) Não atender o telefone
6) Pessoas que se acham melhores que as outras
7) Pessoas que gostam de chamar muita atenção

8 coisas que eu adoro:
1) Comer
2) Filmes
3) Livros
4) Ballet
5) Sair com os amigos
6) Teatro
7) Música
8) Cantar

5 hobbies:
1) Escrever
2) Dançar
3) Meu blog (Sinceramente, é MUITO gratificante receber o carinho de vocês)
4) Ver filmes
5) Ouvir músicas e cantar

5 coisas que ninguém sabe sobre mim:
1) Às vezes, tenho medo de dormir sozinha
2) Sempre quis ter um irmão homem (mais velho)
3) Sempre olho para os pés das pessoas
4) Já tive mania de querer ser muito magra 
5) Gravo o cheiro de todo mundo 

Meu maior sonho:
Nossa! São taaaaaantos! Viajar o mundo inteiro e poder, alegremente, contribuir com a sociedade.

Meu maior medo:
Acho que é a morte - seja a minha ou a de um ente querido (Mesmo sendo inevitável).

As coisas mais importantes para mim:
Minha família, meus verdadeiros amigos e o amor (é ele que move o mundo).

5 pessoas tangeadas:
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010 | By: Vivian Mont'Alverne

Trato

Amar é bem mais que um abraço,
Amar é bem mais que um amasso.
Amar é bem mais que um sorriso,
Amar é bem mais que um risco...


                                                               ...É sempre mais e mais...

É cuidado,
É retrato,
É um trato...
                                                            
                                                               ...Entre dois corações.
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010 | By: Vivian Mont'Alverne

Suspense


Não faça da vida uma equação, pare de matar a cabeça para desvendar essa incógnita... 
O suspense potencializa a surpresa. 
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010 | By: Vivian Mont'Alverne

Diferente

Acordou mais cedo, levantou-se e fez as malas... Bateu a porta, pegou um trem... Foi embora, para além do além. Tentei achá-la, recuperá-la... Não obtive sucesso, pensei: É como uma escuridão imortal, não há mais solução.
O sol se despediu e a lua se fez presente, a noite passou... E a luz solar, novamente, surgira... 
A campainha tocara... Quem poderia ser? Virei a maçaneta e lá estava a inspiração... Não a fugitiva, e sim uma outra... Bem mais gritante e intrigante, de um jeito assim... Bem diferente.


sábado, 27 de novembro de 2010 | By: Vivian Mont'Alverne

Segurança


 O que, um dia, faz-te flutuar, provavelmente, levar-te-á de volta ao chão...
Pouso calmo ou queda brusca... Em todo caso, prefira a segurança dos pés atados.
sexta-feira, 26 de novembro de 2010 | By: Vivian Mont'Alverne
terça-feira, 23 de novembro de 2010 | By: Vivian Mont'Alverne
terça-feira, 16 de novembro de 2010 | By: Vivian Mont'Alverne
quinta-feira, 11 de novembro de 2010 | By: Vivian Mont'Alverne

Desafio

Olá, queridos! Pois bem... Hoje eu recebi este desafio da pâற Gαяdєи, a qual estou muito grata, dona do blog Aquilo que vem do escuro, o qual eu recomendo à todos vocês! Vale a pena conferir!

7 Coisas que tenho que fazer antes de morrer:
Ganhar um Prêmio Nobel
Tocar muito violão e cantar
Fazer parte da melhor companhia de Ballet do mundo
Escrever vários livros
Viajar muito e criar uma ONG
Falar francês e alemão fluentemente
Ser jornalista do "The New York Times" e desembargadora

7 Coisas que mais digo:
Não sei
A partir da semana que vem...
Eu quero...
Tenho que parar de ser assim
Por quê?
"Everything is gonna be alrigt"
Eu preciso...

7 Coisas que faço bem:
Cantar (huauhauha)
Dançar
Falar
Persuadir
Abraçar
Sorrir
Sonhar

7 Defeitos meus:
Preguiça
Preocupar-me demais com certas coisas e "demenos" com outras
Pessimismo
Perfeccionista
Apego
Ansiedade
Esperar demais

7 Coisas que eu amo:
Escrever
Música
Ballet
Teatro
Comer
Sorrir
Abraçar

7 Qualidades:
Amiga
Fiel
Bem-humorada
Carinhosa
Companheira
Esperta
Bom gosto

7 Pessoas pra fazer o jogo dos sete:

Deixando claro que tem tantas coisas mais que eu tenho que fazer antes de morrer, tantas coisas mais que eu digo muito, tantas coisas mais que eu faço bem, tantas coisas mais que eu amo, tantos outros defeitos, tantas outras qualidades... (Tanto que nem eu sei, como todos nós

Um beijo, amores

                                                                                            Vivian Mont'Alverne
quarta-feira, 10 de novembro de 2010 | By: Vivian Mont'Alverne

08/03/3083

Estava tudo lindo... O aroma das tulipas corria junto à brisa, o pôr-do-sol posava numa combinação perfeita de rosa e alaranjado. O som do violão caminhava de mãos dadas com a frequência de nossas vozes. Era só perfume, música, luz e auras cor-de-rosa. Cantávamos e sorríamos, tudo estava completo... Nossos defeitos e perfeições, nossos abraços e solidões. Éramos amor, paixão, respeito e compreensão. Éramos a certeza do incerto e a carência de nós dois. Éramos mais que saudade sacrificada e grito de mudo perdido em estrada. Éramos...

Verbos conjugados no pretérito - que nostalgia!, tudo para uma descrição de como seria a minha vida antes dela precisar partir. Certo, talvez coubesse melhor o futuro do pretérito, mas pensei - Não! Aconteceu! Só não me recordo quando e onde... Fora num desses sonhos.



                                        De algum lugar,
                                        08/03/3083 - Por: John KF.
terça-feira, 9 de novembro de 2010 | By: Vivian Mont'Alverne

Inexorável


   Muita gente se dá conta do vazio, mas é preciso coragem para ver o inexorável.
segunda-feira, 8 de novembro de 2010 | By: Vivian Mont'Alverne

Um ensaio para o circo;


O Enem aconteceu no último final de semana, dia 06 e 07 de novembro, e, mais uma vez, falhou.

Preparar um exame nacional não é preparar uma prova de colégio, que, sem muitos prejuízos, pode ser facilmente consertada. Enquanto os responsáveis não forem realmente atentos à elaboração e impressão das provas, esse caos irá acontecer.
Problemas no gabarito e em provas amarelas. Questões repetidas, questões ausentes. Candidatos que, confusos, perderam muito tempo... Até impressões digitais, em alguns cadernos, tem.

Solução: Inverter a correção dos gabaritos? Reaplicar as provas para os candidatos que pegaram cadernos amarelos defeituosos? E  a igualdade dos concursos públicos, aonde foi parar? 
Os responsáveis alegam que a informação de seguir a ordem numérica do gabarito chegara, antes da prova ser aplicada, aos ouvidos de todos os candidatos. Isso aconteceu? Não! Falo eu, pois presenciei.

Ano passado, vazou. Este ano, essa baderna!

Só quem fora prejudicado sabe a dor que sentiu ao ver um ano inteiro - ou mais - no lixo. É justo pagar pela incompetência de terceiros? 
quinta-feira, 4 de novembro de 2010 | By: Vivian Mont'Alverne

Bem mais

E se dizer-lhe o que quero fosse realizar os meus sonhos...
Diria que o amor é bem mais que isso.

...Bem mais que sonhar, bem mais que sofrer.
quarta-feira, 3 de novembro de 2010 | By: Vivian Mont'Alverne

Ofício


Era só mais um dia de trabalho... Até então.

Scarlet recebera um telefonema:
- Pois não?
- Você é a Scarlet?
- Sim. Em que posso ajudar?
- Estava pensando... Poderíamos marcar um jantar... Hoje, às 20:00 horas?
- Claro. Qual restaurante?
- Jean Georges.
- Confirmado.
- Ei... Posso lhe pedir um coisa?
- Diga.
- Use um vestido colorido em violetas, e um perfume muito doce e forte.
- Ok. Até mais tarde.

Ela ficara imaginando o porquê das tais exigências... Mas as obedeceria, era o seu labor.

Chegando naquele requintadíssimo restaurante, logo se animara... Pensou: "A noite começou em alta!"
A melhor mesa do salão estava reservada. Scarlet fora se proximando, impressionada com a beleza daquele homem.
- Sente-se, querida. A propósito... Estás linda! Tudo como lhe pedi... O perfume, o vestido...
- Obrigada, querido. Você é muito gentil e belo também!
Ela ficara realmente encantada com a elegância que estava sendo tratada... Não era todo dia que isso acontecia.
O jantar seguiu maravilhosamente bem. Conversavam e se divertiam como amigos...
Owler pediu o prato mais caro do cardápio. Scarlet, claro, estava admirada. - Nossa! Não sei porque esse homem lindo, educado e fino precisa do meu trabalho... Tá, sou bonita e graciosa, apesar de tudo... Mas não entendo.

Comeram, tomaram um vinho caro, conversaram... Às 23:30, ele pagou a conta e estendeu-lhe a mão... - Vamos?
Seguiram até o seu carro... A partir dali, o rumo era o tal Flat... 
Flores, champagne, elogios e uma vista maravilhosa... - O que mais eu posso querer? 
De repente, o príncipe a agarrou... Ela até sorriu... Sendo amarrada na cama.
- O que é isso?
- Algum problema?
- Depende...
- Cale-se!
Owler começou a agredí-la... Tirou a sua roupa, xingou-a, estapeou o seu rosto e o seu corpo... Ela mal conseguia gritar... Depois, carregou-a até as escadas e deixou-a lá, jogada...
- Psicopata!
- Paguei para fazer uso do seu corpo! ...E que corpo! (Sorriu e trancou-a naquele cubículo cimentado)
domingo, 31 de outubro de 2010 | By: Vivian Mont'Alverne

Nada mais


                                                          
                                       
                                        Porque se houver amor, nada mais é necessário.
sexta-feira, 29 de outubro de 2010 | By: Vivian Mont'Alverne

Folhas secas

Ela estava linda ao entrar naquela sala... Vestida em tons pastéis, sapatos altos, cabelos curtos e escuros como a noite sem luar, com uma franja ultrapassada que ficava muito próxima dos seus olhos marinhos... Tudo um tanto retrô. Sorriso largo, pinta de nascença no pescoço, 57 kg bem distribuídos em 1,67 de altura. Ah! O seu nome era Autumn.
Desde aquele 24 de outubro, meu pensamento não viajara por outro lugar senão àquela sala envernizada. Ela não olhava para os lados, eu e meus companheiros imaginávamos o quão altiva essa linda mulher deveria ser. (...) Até eu conhecê-la no elevador... - Nossa! Cheirava a rosas vermelhas e ouvia a minha música preferida (tocada por uma daquelas bandas que ninguém conhece). Era divertida, doce e inconstante.
Começamos com um café, saímos para jantar e depois fomos juntos à festa da empresa (até então, nada acontecera... nem um afago nas mãos) Ao término dos comes e bebes, resolvemos ir embora... Fora do salão, ela me surpreendeu com uma pergunta: - Você gosta de mim? - e eu respondi: - Sim, você está se saindo uma amiga e tanto (tentei enganar à quem?) - Ela sorriu e falou que também gostava de mim como amigo... E me beijou.
(...) Tremi dos pés à cabeça... Um calor tomou o meu corpo... Estava perdidamente apaixonado. E ela? Ah... Após o beijo, disse-me: Não quero um relacionamento, vamos viver. (Concordei)
Os dias que passamos juntos foram maravilhosos, mas aquela incerteza começara a me importunar. - Por que ela passa os dias dando-me as mãos, agarrando-me em sua cama, e quando resolve não querer, simplesmente me expulsa? Que sentimento seria esse? (Sim, tentei por muito tempo ignorar esses pensamentos...)
Numa tarde de domingo, no mesmo café do nosso "primeiro encontro", resolvi tirar todas aquelas dúvidas da minha cabeça... Acabadas as minhas interrogações, ela, sem titubear, disse-me que iria se casar e que, como seu melhor amigo, eu deveria saber.




Ah! Como odeio aquele sorriso torno, aquela franja antiquada e aquele cheiro de folhas secas ao acordar!
segunda-feira, 25 de outubro de 2010 | By: Vivian Mont'Alverne

E se...

...Você soubesse que o mundo iria acabar hoje, o que faria? Continuaria aí parado, pensando como poderia ter sido diferente? O passado é imutável, mas o futuro dinâmico - a escolha é sua.


Aproveite o tempo que lhe é dado.
domingo, 24 de outubro de 2010 | By: Vivian Mont'Alverne

Em vão


Buscando me libertar desse vazio... 
É um falta. 
É uma espera. 
É uma decepção.






"Ando meio fatigado de procuras inúteis e sedes afetivas insaciáveis." Caio F. Abreu
sábado, 23 de outubro de 2010 | By: Vivian Mont'Alverne
sexta-feira, 22 de outubro de 2010 | By: Vivian Mont'Alverne

Abortando e privatizando os votos


Nunca vi, tão próximo ao segundo turno, essa quantidade de pessoas que não sabem em quem votar, como está acontecendo nestas eleições 2010.
Qual seria a causa disso? O despreparo óbvio da Dilma Rousseff ou a política neoliberal de Serra? Talvez, os dois. Talvez, nem um nem outro.



Fala-se das privatizações feitas por Serra. Julga-se a posição da Dilma em relação ao aborto.
Primeiro: Não faz sentido misturar política e religião (para o segundo caso). Ser contra ou a favor do aborto é direito de qualquer um. Todos têm suas opiniões, suas crenças. Ridículo foi a contradição da Ministra. Imagine... Se ela mudou o seu discurso apenas para agradar os "religiosos", à pedidos do Partido (PT), não é muito provável que ela faça o mesmo com as propostas? Prometendo hoje, contradizendo-se amanhã? 
Segundo: Privatizações... Todos sabem que o governo Serra é voltado às elites e ao sul do país. Desestatizar não é ruim, a questão é conduzí-la corretamente. E será que ele sabe?


*Não se pode deixar de destacar um grande problema dessas eleições: As propostas voltadas, em sua maioria, para o estado de São Paulo... E o "resto" do Brasil? Como fica?
*A educação não é mais motivo para preocupações... Uma vez que os candidatos, nas suas campanhas, fizeram mil promessas... E, dessa vez, vai dá certo! (Motivo para "risos"...) Pois, depois de eleito, "não se sabe porquê", nada é efetivado. Os políticos precisam dos ignorantes... Por isso o país continua esse Circo... No qual está presente o mais votado dos deputados, o comediante Tiririca.





"Relaxa e goza!" Não há motivos para desespero. O Show do Tom será o "setor" mais afetado.
quarta-feira, 20 de outubro de 2010 | By: Vivian Mont'Alverne

Para o lugar certo


Não sei como vocês chamam, mas, na minha concepção, seria pseudofelicidade (até eu decidir mudar).

A vizinha do lado esquerdo, Dona Zizi, é uma velhinha adorável. Trata-me sempre com bastante carinho, enche-me dos doces maravilhosos que faz. - Nossa! Não há ninguém que seja tão bom de cozinha quanto ela, aposto!
É certo... Todos os dias, quando saio para fazer a feirinha matinal, vejo-a... Não há um que, com aquela voz meio enrouquecida, ela não afirme: "Lucy, como você tem sorte!"  - Referindo-se aos meus pais e como é a vida aqui. - Profere tais palavras com um brilho tão profundo nos olhos, que parece ter certeza de tudo o que se passa no interior dessas paredes.

Minha casa é graciosa... Sabe aquelas de madeira pré-fabricadas? Pois é. Minha mãe, Olinda, mandou pintá-la de verde, encheu o jardim de cravos, copos-de-leite, bromélias, amarílis e girassóis. Meu pai, Junqueira, não deu pitaco... Ou melhor, nunca dá. Ela fala, ele cala.

Quem vê, de fora, esse ambiente viçoso, esse homem "obediente", essa mulher de bom gosto... Realmente não tem como discordar da Dona Zizi.

(...) Queria mostrá-la toda a verdade. Sim, queria muito... Vejo-a como uma mãe, talvez substituindo a ausência de uma verdadeira. Sou filha adotiva, nunca contei para ninguém. Sei lá, nem me importo, também não me interesso em encontrar os meus pais biológicos. Sabe o que sinceramente me incomoda? O descaso, a falta de atenção, a falta de afeto e relação pai-filho. (...) Não tenho irmãos, somos só nós três. Sou tratada como empregada... Acordo cedo, faço o café, vou à feira, lavo louças, cozinho, limpo a casa. Não almoçamos na mesma mesa, a minha fica na cozinha.
Um dia, tomei coragem e, com a voz trêmula, pedi um livro à minha mãe. Ela arregalou os olhos, enfurecida, e mandou-me arrumar o quarto. (...) Chorei, chorei e chorei... Eu realmente tinha uma imensa paixão por leitura, sonhava ler e escrever lindas histórias.

Numa tardezinha, quando os meus "pais" estavam cochilando, revolvi tomar uma atitude... Peguei uma pequena mala, coloquei as poucas roupas que tinha, e sai... Fugi daquela vida. Daquela felicidade que não era minha.
(...) Não me arrependo. No início foi meio difícil... Mas deu para segurar com as poucas economias que eu tinha. Não demorei para encontrar um emprego. Com o primeiro salário, comprei o meu primeiro livro. - Ah! Nada, até hoje, chegou perto da felicidade que senti naquele momento... Foi mágico!
O tempo corria... Comprei o segundo, o terceiro, o quarto... Até que resolvi escrever. Escrevi um, dois, três... Estava escrevendo o meu oitavo, no intervalo do café onde trabalhava, quando um escritor renomado se aproximou de mim e perguntou-me o que tinha naquelas tantas folhas. - Sorte? Destino? Não sei. - Eu não sabia como agir. Dei-lhe os rascunhos, ele começara a ler... No final, seus olhos estavam feito dois rios em épocas de muita chuva... Afogados em lágrimas. Eu não sabia bem o que pensar... Nem tive tempo... Ele segurou a minha mão e disse: - Aqui não é o seu lugar!
sábado, 16 de outubro de 2010 | By: Vivian Mont'Alverne

Mar negro

Marily, meiga e brincalhona, encantava a todos. Apenas 10 primaveras, mas já dona de uma beleza incomum... Olhos acinzentados, mistura de noite e dia, circulados por inocência; sorriso impetuoso, covinhas arraigadas; fios soltos e levemente ondulados, nadando em tons de âmbar... Com o vento, viajava a essência das flores de laranjeira.


Tinha um apego imenso aos seus pais, um casal quarentão mas bem jovial, que vivia um amor sempre de flores e sol. Carinhosos e bastante atenciosos. Maly, como a chamavam, era o tesouro da casa... Cheia de mimos, porém educada.


Os Waller's,  Bowt e Suzy, eram seus padrinhos... Sendo ele irmão de Doke, pai da Marily. Estavam presentes nas datas especiais e alguns finais de semana. Tratavam a afilhada como princesa, enchendo-a de presentes e carinhos.


Doke e Stelly, mãe de Maly, precisaram fazer uma viagem para resolver uns problemas de suas terras. Tudo de última hora. A menina ficou na casa dos padrinhos, claro... Perto da conclusão do ano, não poderia perder as aulas.
Pegaram a estrada, chegando à cidadezinha na qual ficava uma de suas fazendas. Ligaram para avisar que tudo estava bem e que voltariam na manhã seguinte. (...) Na volta, um caminhão arrastara o carro para um abismo... Não resistiram.
A notícia chegara aos ouvidos de sua filha.
(...) Mar cinzento os seus olhos viraram, com ondas trovejantes e assíduas. Nada mais a fazia sorrir.


A guarda ficou com os padrinhos, que tentaram de todas as formas ajudá-la. (...) Umas semanas foram ficando para trás, e Marily voltou a viver.
Bowt, o padrinho, passara a ter uma admiração tão forte pela menina, que seus olhar estava carregado de uma aura negra, com desejos insalubres.
(...)
Numa tardezinha de quinta-feira, a doce Maly estudava, tranquila e concentrada, na mesinha do seu quarto...
Uma mão gelada e grossa lhe tocou os ombros. Assustada, virou para olhar quem poderia ser.
- Ah! É o senhor? Levei um susto, estava atenta aos livros.
Ele, sem pronunciar uma palavra e com o rosto flamejando, puxou-a da cadeira. Suas mãos acariciavam-a  de modo pecaminoso. Ela, paralisada. Lábios pálidos, respirando terror... Não conseguira tirar um som de sua garganta, um movimento de seu corpo.


Dali em diante, seus antigos olhos acinzentados, mistura de estrelas e sol, viraram um mar negro, circulados por medo e aflição.
quinta-feira, 14 de outubro de 2010 | By: Vivian Mont'Alverne

No way, baby.

Olá, Steve! Serei breve...

Egoísmo! Foi essa a palavra que mais se encaixou na descrição de suas últimas atitudes.
Não sou perfeita, eu te avisei... Mas juro... Tentei. Sempre fiz tudo para arrancar um sorriso seu... - Ah! Como amava esses lábios rosados contornando os dentes cor de leite! Quando o via pela noite, parecia-me lua cheia; quando pela manhã, o sol refletia como nunca... Era um arco-íris de sentimentos numa só cor. 
O que consegui com isso? Ingratidão. - Não que eu tenha feito esperando algo em troca... Só queria, pelo menos, consideração, reconhecimento ou respeito.

Você foi, jogou-se entre as primeira pernas que avistou, sem nem sequer saber o nome da dita-cuja. - Nojo! Esse foi o sentimento que tive... Ah, um pouquinho de pena também! Hoje estou falando isso tudo apenas para sentires culpa e arrependimento... Achas que me importo? No way, baby. I'm great! Never been better! Se pensavas que eu seria para sempre aquela bobinha... Errou! Comprei aquele batom vermelho Dior e o Jimmy Choo, estava louca por eles e não paravas de reclamar dos preços (Sou independente, não preciso do seu dinheiro!)... Fiz um novo corte de cabelo também! Estou vivendo! (...) Agora... Lamente-se!

Ah... Uma novidade! Sabe aquele seu "amigão"... O Josh... Saí com ele na sexta, levou-me para jantar num restaurante maravilhoso e encheu-me de elogios. (...) Pensavas estar por cima, né, honey? Sorry...

(Passei para pegar meus vestidos e sapatos, deixei de recordação a minha lingerie de bichinhos que você tanto amava...   As chaves estão no balcão, não precisarei mais)
                                                                                                                    
                                                                                                   Um beijo,

                                                                                                                                                                                                        
                                                 Tiffy.
terça-feira, 12 de outubro de 2010 | By: Vivian Mont'Alverne

Achados e perdidos


Inocência, por onde andas? 

Cadê o esconde-esconde? A amarelinha foi exilada? E as bonecas? E o peão?
...Aonde foram parar? 
Virou poeira e o vento levou? Ou foi o cupim que deteriorou?

Está brincando de pega-pega com os ponteiros do relógio.
segunda-feira, 11 de outubro de 2010 | By: Vivian Mont'Alverne

Felicidade

Um dia pretendo encontrá-la
De tutu, ou vestido azul.
Bailando, nunca pelada.
Quero tecido para tensão
 
Displicentemente... Despi-la
Carinhosamente cheirá-la
Cuidadosamente levá-la
Para onde ninguém perturbará
 
Quero tê-la agora e sempre
Fazê-la um voto solene
Erguê-la e mostrá-la ao sol
Às pessoas que queiram bisbilhotar
 
Ainda não tenho a fórmula,
O caminho secreto
Ou o mapa do tesouro
Mas sei que a acharei
 
E quando achá-la
Em uma noite, tocando blues
Na penumbra de nossas almas
Suavemente lhe sussurrarei a verdade:
Felicidade eu te amo.


Poesia de Renato Gaspar


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